Um aprendiz

No limite do que sei não sei de nada

limitado ao que não sei sei quase tudo

e assim fico entre a chita e o veludo

a tremer entre o choque e a tomada.

Rimando neste verso dou uma risada

neste outro não posso ficar mudo

pois sei que se errar levo um cascudo;

O soneto não perdoa rima errada.

Mas como sou um aprendiz da poesia

faço tudo pra ganhar a simpatia

do parnaso onde curiosamente espio.

E digo a quem não sabe: Não se meta!

Só irá gastar papel e caneta

e no verso, talvez, não dê um pio.

Joséerobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 22/09/2016
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