MORTE DESFORMATADA - Poesia nº 57 do meu terceiro livro "Relevos"

Eu vi a morte de mim se aproximando,

Porém, nada a fazia ficar forte;

E a brindar com as lágrimas da sorte,

Eu, dela, logo assim ia me esquivando!

Como se eu fosse de aceitável lida,

Ela ofertou-me lírios orvalhados

Para tentar salvar-me dos pecados,

Mas quando os recusei, foi atrevida!

Falou-me que não se muda o destino,

E levar a alma minha ela queria;

Se recusasse, iria ao purgatório.

Eu disse-lhe que não era assassino,

Mas pelo que sofri a mataria,

Desformatando-a em meu oratório!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 21/09/2016
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