MORTE DESFORMATADA - Poesia nº 57 do meu terceiro livro "Relevos"
Eu vi a morte de mim se aproximando,
Porém, nada a fazia ficar forte;
E a brindar com as lágrimas da sorte,
Eu, dela, logo assim ia me esquivando!
Como se eu fosse de aceitável lida,
Ela ofertou-me lírios orvalhados
Para tentar salvar-me dos pecados,
Mas quando os recusei, foi atrevida!
Falou-me que não se muda o destino,
E levar a alma minha ela queria;
Se recusasse, iria ao purgatório.
Eu disse-lhe que não era assassino,
Mas pelo que sofri a mataria,
Desformatando-a em meu oratório!
Eduardo Eugênio Batista
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