SONETO POTIGUAR

SONETO POTIGUAR

Terra de muito sal, tem Natal como linda capital

Urbe progressista que preserva ar tradicionalista

Paraíso tropical, esquina do nordeste continental

Povo que conquista, faz dela o destino do turista

Cidade onde pouco morei e pela Caixa trabalhei

Ensinando medicina, na Federal fiz minha rotina

Na Via Costeira andei, no Morro do Careca amei

Do alto da colina a Praia do Meio é a bela vitrina

No Barro Vermelho fiz morada, levantei barricada

Bar do Chaplin da noitada, ao lado da namorada

Da Ponta Negra à Redinha, passeando à noitinha

Carne de sol com farinha já faz parte da ladainha

Museu do Cascudo, arte e cultura com conteúdo

Tirol e Alecrim, a beleza de Natal em quase tudo

Marco Antônio Abreu Florentino

Soneto que faz homenagem a essa linda capital do nordeste brasileiro, na qual morei durante um ano devido transferência pela Caixa Econômica Federal. Cidade onde iniciei as atividades no magistério superior no Departamento de Saúde Coletiva da UFRN. Durante esse período mantive residência em João Pessoa, para onde retornava todo fim de semana por um dos mais belos trechos das estradas brasileiras, atravessando essa linda região litorânea, a qual também fiz homenagem através do conto ¨Fronteiras da Solidão¨.

Com esse poema, encerro minha homenagem às sete cidades brasileiras que tive o privilégio de morar e conviver com seus habitantes: Rio de Janeiro, Curitiba, Belém, Manaus, João Pessoa, Natal e Fortaleza. Reforço minha convicção de que o Brasil é um dos melhores e mais bonitos países do mundo. Infelizmente seu povo e seus políticos, de um modo geral, não estão à altura da sua geografia física e humana, apesar de tanta gente boa por esses rincões da Terra de Vera Cruz.

https://youtu.be/S8a4GQ1LwQQ

(Vida de Viajante - Luiz Gonzaga)