Soneta da mulher singular
Flor do Lácio, bem irrequieta e daltônica
Quanto feeling, lépida barbarella
De íris azul turquesa,beldade, de força biônica
Em beijo de açúcar mascavo e canela
Ah voz terna, impar eufonía de odeón
Monumento corpóreo eminente a la panteón
Intrépida ninfa trajada em lustrosa panóplia
Florisbela ariana, noctívaga, aroma de vinólia
Camaleoa do advento, avessa ao démodé
grande autodidata, à espreita de seu Abaeté
Bailarina do ar, de cênico ato, em asas de condor
Foliã confessa, suor e festa ,encarna o rito pierrô
Exótica e sexaple genuína Bridget Bardot
De façanha circense, na vanguarda do amor
Nota:
Barbarella é uma personagem de história em quadrinhos surgida nos anos 60,na França ,que usava de sua sensualidade e beleza para derrotar seus oponentes.Era uma aventureira espacial que simbolizava a emancipação do sexo feminino.Ela se tornou um ícone dos movimentos feministas que reivindicavam maior status e participação na sociedade.