Dois Mundos
Tua voz é perfume que embriaga
Com teu hálito de verde hortelã.
O lábio de seda que leve me afaga
Tem sabor do mel da flor da manhã.
Em minha pele, este sopro, este vento,
É unguento a curar toda dor.
Ouço um transbordar de sentimentos,
Em sussurros, palavras de amor.
Num piscar, foi-se a noite, já é dia.
Com seus pássaros em cantoria,
Lá fora a primavera rebrilha.
A realidade a nos comprimir
Nos traz de volta pela mesma trilha,
Rumo ao FAZER, longe do SENTIR.