Moinhos da memória
E ali fica o passado remoendo,
Doendo de um lado e do outro, saudade,
Na verdade há tanto que não entendo,
Mas compreendo agora a realidade.
E nos meus causos eu fiz de conta,
Tonta das inverdades eu me expus
Dispus de mim e nem foi afronta,
Pesponta o que fui ou aquilo que supus.
E nos meus contos quase me aproximo,
Eu não rimo, porque não é poesia,
E sem demasia tal qual foi o dia.
E nas crônicas de mim, pus meu imo,
Tornei-me o cimo da minha história,
Notória em meus moinhos da memória.
Uberlândia MG
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