Das loucuras
Minha alma clara às vezes escurece,
Anoitece, mas meu inspirar ribomba,
Arromba meus sentires, enaltece,
Enrubesce em pisca-pisca na lomba.
Jorra do meu dentro um que intuitivo,
Nativo, que só eu sinto, não elucido,
Tecido nas teias do meu eu cativo,
Decisivo; despertando a libido.
Não busco salvar-me dessa demência,
Em ardência; jogo-me em lusco fusco,
E no seu brusco anseio, arrisco e ofusco.
E durmo de pensamentos em sonho
Risonho querer que arremessa fogo
Nesse jogo, há doidice que eu adogo.
Uberlândia MG
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