DUELO
Tomo da caneta como ao florete.
Meus olhos o mandando ao beleléu!
Estudo estratégias tal qual cadete...
Impávido a confrontar-me, o papel.
Invisto com palavras garimpadas,
estoco com metáforas e rimas.
Mas, o imaculado em sua tez pálida,
se esvai qual fosse estrela matutina.
Reluto em insistir com a arma branca,
partir para o confronto mano a mano.
Mas é dele o ar blasé com qual espanca,
minha idiossincrasia de humano.
Derrotado, a angústia ganha espaço...
Mas persisto, escandindo meus fracassos.