DUELO

Tomo da caneta como ao florete.

Meus olhos o mandando ao beleléu!

Estudo estratégias tal qual cadete...

Impávido a confrontar-me, o papel.

Invisto com palavras garimpadas,

estoco com metáforas e rimas.

Mas, o imaculado em sua tez pálida,

se esvai qual fosse estrela matutina.

Reluto em insistir com a arma branca,

partir para o confronto mano a mano.

Mas é dele o ar blasé com qual espanca,

minha idiossincrasia de humano.

Derrotado, a angústia ganha espaço...

Mas persisto, escandindo meus fracassos.

Fonseca da Rocha
Enviado por Fonseca da Rocha em 12/09/2016
Reeditado em 23/01/2020
Código do texto: T5758506
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