O amparo em teu sorriso
É lúgubre o desenho do caminho,
e, afinal, o calvário já se mostra.
Do bem que a espera está a mundana amostra
ainda não rompeu do chão daninho.
O olhar que a luz remói, olhar mesquinho,
repousa sobre quem a ele se prostra.
A palma que ora estala em torpe lostra,
materna deslizara o bom carinho.
Tudo é lágrima, falha, sofrimento,
mas tenho um pouso, um bálsamo de alento,
e vejo-te ainda: às faces o sorriso.
Que ânimo a seus lábios traz um arco;
no côncavo repouso e - oh breve marco! -,
vejo os claros portões do paraíso!