FIM DO CAMINHO
A vida, hoje, eu sigo caminhando,
Sempre além, pra longe, sem parar...
Saudades tantas sei que vou levando,
Até esta estirada eu terminar;
Até eu cair sem forças, arquejando,
E, aos poucos, mansamente descansar;
Até não sentir nada, nem ver quando,
A morte insidiosa me chegar...
Sinto que vida se esvaiu depressa
E, agora, pouca coisa me interessa,
Senão, por pouco tempo persistir...
Errar é tudo que mais me molesta,
Pois é tão pouco o tempo que me resta,
Que eu, talvez, não possa corrigir...