Velho Moinho
Lá está o último ornamento de uma terra antes viva.
Quatro membros tortos pendendo aos ventos da morte.
O ranger na eterna madrugada às fúnebres brisas do norte.
Lamentos do vazio, bem como da via negativa...
A desolação voou alto e agora pousa no ombro da existência!
Oh solitário moinho que sempre pendeu à força eólica,
Agora chia à uma reflexão espasma mas bucólica,
De um presente que a decrepitude pavimentou em decadência.
Vento, eterno vento, leve o que restar
Dessa ilusão dos desertos campos que eles consomem.
Chuva, eterna chuva, que há de regar
Toda a lamúria que insiste em permanecer
Nos quatro membros. Nos quatro ciclos do homem:
Nascer, crescer, sofrer e morrer...