Sonho Interrupto
Ao sair, rumo a outra interminável procura,
Por favor, ofereça-me sua assombração.
Não quero sofrer sozinho no caixão
Que construímos juntos na clausura.
Veja só, que formidável arquitetura:
Você, eu, nós? Juntos, na devassidão.
Conectados, expurgados da multidão
Que roga preces inexatas de censura.
Sim; sei que já se foi, irremediavelmente,
Mas gosto de reproduzir em minha mente
A impetuosa averbação da recrudescência.
Terá sido um sonho? Soturna inferência?
Após, Abraço-te, e no silencia da inexistência
Volto a te perder eternamente.