Sonho Interrupto

Ao sair, rumo a outra interminável procura,

Por favor, ofereça-me sua assombração.

Não quero sofrer sozinho no caixão

Que construímos juntos na clausura.

Veja só, que formidável arquitetura:

Você, eu, nós? Juntos, na devassidão.

Conectados, expurgados da multidão

Que roga preces inexatas de censura.

Sim; sei que já se foi, irremediavelmente,

Mas gosto de reproduzir em minha mente

A impetuosa averbação da recrudescência.

Terá sido um sonho? Soturna inferência?

Após, Abraço-te, e no silencia da inexistência

Volto a te perder eternamente.

Kach Loudome
Enviado por Kach Loudome em 08/09/2016
Reeditado em 01/08/2018
Código do texto: T5754797
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