VÃOS DELÍRIOS
No coração destroçado, contrito
Tuas palavras ecoam pungentes
Nas madrugadas tristonhas um grito
Mergulha, rouco, em lembranças dolentes
Meu pesadelo parece infinito
Porque teus olhos dulcífluos, luzentes
Teu riso leve, teu rosto bonito
Em vãos delírios são cores presentes
A calidez de um abraço procuro
Calo a razão, sem pudor me torturo
Alucinado por tons esquecidos
Fulge ilusão na vibrante aquarela
Desperto! Sopra a saudade e revela
Cinéreas nuvens, jardins ressequidos