O pinheiro ou Ser cristão

Pela amplidão se estende a primavera,

em rutilâncias vivas e no vento

que agita as folhas, lépido e isento

de restrições ou dúvidas da mera

existência de máculas no dia

que reclamem qualquer preocupação.

Há algo fora do império claro e vão

que destoe das regras da harmonia?

Pinheiro: os velhos galhos retorcidos,

as folhas que desabam devagar,

das pródigas permutas o anti-herói.

Em surpreender, opor, tu e eu unidos!

Por que iremos de as cores festejar,

se o inverno é que provoca e nos constrói?

Marcel Sepúlveda
Enviado por Marcel Sepúlveda em 08/09/2016
Reeditado em 08/09/2016
Código do texto: T5754094
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