SONETO DA ALMA
Um grito mudo, desespero
De um pensamento insano,
Humano, incerto e mundano:
Realidade ou pesadelo?
São regurgitações caladas,
Entranhas já desconhecidas.
Poucas, muitas manhãs vividas,
Esquecidas, se vão, aladas.
E nada se sabe do tudo,
Mas tudo se sabe do nada.
O orgulho resiste, contudo,
Na alma carente e cansada,
Altiva, em riste, sem ludo,
Até que seja conquistada.
E a brilhante interação do mestre sonetista fcunha lima:
NO BOJO DA VERDADE
"Há que ser triste para ser feliz"
Tal pensamento quase uma loucura,
Que permanece enquanto o dito dura,
Por não querer tornar-se infeliz.
É um ditado que o poeta diz,
Na sua mente sagaz e tão madura,
Com este pensamento, o triste, cura,
Talvez seja só isto o que ele quis.
Há de ser triste ou quiçá tristonho,
Ao colocar tristeza em um sonho,
Para depois curtir felicidade.
A dúvida permanece inalterada,
No entanto ainda pode ser errada,
Ou trazer no seu bojo uma verdade.
Mais a generosa interação da amiga poetisa Rosa Regis:
Como poder não maravilhar-me
Com a poesia de dois grandes seres
Que a nossa alma ilumina com dizeres
Que nos mostra, de início, um grande charme?!