Travessia da alma
Num beco sem saída é que eu me encontro.
Esbarro, enfrento em frente, os paredões
Do meu passado e logo me amedronto
Com minhas surreais assombrações.
Não há provocação, não há confronto...
Só há o medo, o susto, as emoções...
Tento escapar, mas, logo me desmonto,
Pelas sarjetas das desilusões.
Minhas lembranças - cães - me perseguindo;
Dores, tristezas e decepções...
... As vozes do passado me punindo...
.... Nos silêncios sombrios – escuridões –,
A consciência vai me consumindo,
Com meus fantasmas - minhas solidões.