prefácio
minha estória é essa
confesso que vivi
confesso que errei
confesso que não tive medo
nem de ter medo nem
de saltar sozinho no escuro
nem de cuspir da boca todos
os mornos todos os mortos
todas as desculpas confesso mesmo
que a poesia é meu único álibi e que é
muito fácil falar de mim basta
ouvir o silêncio em frente ao mar
quando o sol vai subindo ou vai descendo
sobre a solidão na praia mais deserta