O vértice entre o ignóbil e o sublime
Deus mostra-se por vezes intangível,
revela-se-me sempre tão difuso,
que espero em sensações, coisas do uso
ou pura lucidez ver o impossível.
A Sua intelecção já não deduzo,
pois vale mais vivê-Lo, isso é exeqüível.
Por que solucionar o irrespondível
e ver o espírito ainda mais confuso?
Mas como se avizinha aquele manto,
a mão que vem aberta e tão solícita!
O vértice entre o ignóbil e o sublime.
Elo humano que assim me eleva tanto,
da forma como assunta foi. Explícita
se me expõe e toca o Amor que me redime.