Soneto sete horas

Vi, no jardim, as rosas em gotículas

Do temporal anterior à escuridão

Acontecido no sábado tão frio

Que amanheceu outro dia cinza!

Sentei, à varanda, e o tempo passou

Lentamente, certo pois, o marquei!

E que demore até o cinza se fechar

Ainda são sete horas e alguns minutos!

Pássaros, pousaram no banco velho de verniz

Conversaram através do canto agudo

E vi, borboletas ao fundo, nascerem!

Na cozinha farei o café amargo

Sentarei novamente à varanda

Pois, ainda, são sete horas e alguns minutos!