Por um fio.

Sigo em qualquer tom, sereno ou alto,

Com meu salto indo à base dos céus

Romeus e Julietas em rimas vão tontos

O lápis eu aponto e enceno os meus.

São plebeus, não os renego na base,

Gesso e gaze aos acenos e adeus,

Sabe Deus: não me apego ao quase,

Ponto e crase vão amenos com os meus.

Longe os breus e o silencio é a voz,

Muitos sóis, o verso não é frio,

Nem vazio e tem planos para nós...

Nem no agora, nem no após, me desvio.

Me alio ao soneto, sonho dileto...

Errado ou certo, chego ao fim por um fio.

Josérobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 04/09/2016
Reeditado em 12/09/2016
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