ABSINTO GUANABARA
Baía de Guanabara,busca pelo teu caminho!
Posto que não conseguimos teu destino respeitar,
Tuas águas cristalinas sepultadas pelo arbítrio
Do descaso aonde jazem tuas ondas a chorar.
Teu poema descarrega uma lágrima empedernida
Qual a rocha que na água em perene erosão
Chora um pranto escurecido pela sina tão sofrida
De aquebrantar seu sonho sem ninguém lhe dar a mão.
Guanabara que na aurora amanhece em desalinho...
Sob o voo da gaivota que assustada em contramão
Cruza o tempo que transpassa suas penas em veredicto:
Ave alheia à esperança na baía em convulsão.
Boia o peixe envenenado sob o mangue de absinto
Morre a vida apedrejada sem nenhuma oração.