Lamentos

Lamentos

Teus olhos são tão negros e apagados.

Secaram de teu pranto atormentado.

Mortos porque se perderam na vida.

Tristes e tão negros são teus olhos torturados.

Quisera eu dar-lhe a luz que se foi assim perdida.

A esses olhos negros que um dia tiveram alento.

E que de tão fixos no vazio de sombrios.

De visões dantescas em sonhos assombrados.

Teus olhos lindos negros foram vida.

Tornados infelizes arredados e cativos.

Despedaçou-se o elo da tua fortuna.

E infinitamente prostado no vazio.

Aquietaste-te então distante e arredio.

Não mais pudeste aspirar à exultação.

Quisera eu dar-te a luz que em meus olhos cintila.

Desta dor que vem do âmago do meu ser.

Dar-te este sopro que me anima.

Tirar-te dessas trevas tortuosas.

Tornar teus olhos lindos brilhantes e felizes.

Peço a Deus que de minha vida é o guia.

Que é o amor e a dedicação de quem o adora.

Que te dê o que lhe peço todo o dia.

O milagre da tua salvação.

De pedacinhos de mim

De Tétita Etelvina costa

julho de 2007

Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 22/07/2007
Código do texto: T574959
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