Quando eu morrer
E não quero que diga:_ Ela era tão boa!
Porque soa uma intriga em mim; me fale em vida,
Divida-se já, e mostre-me a sua pessoa,
E povoa-me em afeto, antes da minha ida,
Isenta-me da sua lágrima e de vela,
E balela de velatórios eu não quero,
Espero que não haja flor nem na lapela.
Pois ela é formosura no pé, doce esmero.
Então, quando eu morrer; arquive-me na su’ alma,
Acalma-se em brisas e sem bajulação.
E ponha o coração em módulo de canção.
Não espere por parentes, nenhuma vivalma,
E palmas para quem me ‘amou’ ainda que oculto,
Quero tumulto: chuva e poesia em culto.
Uberlândia MG
Instagram: @raquelordones
http://raquelordonesemgotas.blogspot.com.br/