Quando eu morrer

E não quero que diga:_ Ela era tão boa!

Porque soa uma intriga em mim; me fale em vida,

Divida-se já, e mostre-me a sua pessoa,

E povoa-me em afeto, antes da minha ida,

Isenta-me da sua lágrima e de vela,

E balela de velatórios eu não quero,

Espero que não haja flor nem na lapela.

Pois ela é formosura no pé, doce esmero.

Então, quando eu morrer; arquive-me na su’ alma,

Acalma-se em brisas e sem bajulação.

E ponha o coração em módulo de canção.

Não espere por parentes, nenhuma vivalma,

E palmas para quem me ‘amou’ ainda que oculto,

Quero tumulto: chuva e poesia em culto.

Uberlândia MG

Instagram: @raquelordones

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 02/09/2016
Código do texto: T5748560
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