A Humanidade
Na humanidade cada vez mais contrassenso.
Sei que às vezes, por preguiça ou comodismo,
Não contestamos o que nos leva ao abismo.
Um mal, hoje pequeno, amanhã imenso.
Cegos, só veem o que aponta o pau da venta,
Seguem guiados pela voz do conformismo.
De explorada a terra treme a cada sismo,
Se existe cura, ninguém procura nem tenta.
Nós que somos os atores deste teatro,
Cujo papel não foi por nós determinado,
Indagamos ao Senhor, Supremo Mestre:
Quem primeiro enfrentará seu destino atro?
Quem acabará com a humanidade terrestre?
Será a fome, o fogo, a guerra ou a peste?
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O poeta popular Cypriano Maribondo explica o “pau da venta”.
“Aqui nossa cabeça é QUENGO ou MULEIRA,
O nariz, no nordeste tem nome de VENTA.
O osso e cartilagem que dá forma ao nariz,
Nos cafundó do nordeste é PAU DA VENTA.”