Tsunami
Se já não posso tocar-te os lábios, com meus dedos.
E envolver-te em meus braços,
que lhe toque, com meus versos em arremedo
e te envolva com a bruma, do meu sonho em descompasso.
Serena a sina dos que não travam com a vida
duelo vil. Sem louvor, sem esperança.
Quisera fossem as conquistas compartidas,
aternativa, ao tsunami de lembranças!
Que onda após onda me arrasta
ao cemitério dos desejos insatisfeitos.
Museu das palavras, sorrisos, trejeitos!
Oh, Tempo..., odioso deus iconoclasta,
persistirei adorando teu altar deserto,
qual o náufrago à boia, em mar aberto.