CANTO AOS APENINOS
Havia um sol que lá do alto das montanhas
Acostumado a só beleza abrilhantar...
Mediterrâneo que do mar faz triste entranha
Havia um verso nele, pronto a iluminar.
Havia um hino de amor que badalava
Horas remotas no relógio que restou
Agora um grito soterrado à Terra brava
É o socorro em verso triste que ecoou.
Meu sentimento aqui verseja em estribilho
A apaziguar malvado chão em ebulição,
Às ruínas já tombadas nos Apeninos
Pelos resquícios da saudade, em oração.
Ora há um sol já recolhido nas montanhas...
A acalentar o manto escuro que chorou.