Mercado negro

Igual a essa pele que me encoberta,

Nos seus olhos, a tristeza é visível;

Absorves o que o mundo lança fora,

A deliberação em ti não é decifrável.

Te aguentas em valores desapoiados,

O comprador impõe o seu triste preço,

As muletas abandonam os lucros,

O tempo amolece pelo grande apreço.

Choras em gritos que não se ouvem!

Nas sombras da tua cor é o teu lugar.

Sem fins, ninguém por ti vem lutar.

Alimentas povos que não te alimentam!

Não prósperas por onde te acomodas,

Os dias não fogem das ruas alienadas.

hbcipriano
Enviado por hbcipriano em 24/08/2016
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