CORPO HUMANO

Das entranhas que te formam o todo,

Tantas vísceras e vasos sanguíneos

Espalham-se curvos e retilíneos

Em cavidades de lama e de lodo.

Encrustadas em estranhos gravetos,

Cobrem-lhes a brancura mortuária

E se encorpam de forma temerária

À medonha forma dos esqueletos.

Complexo vivo que pensa e braveja,

Que chora e que ri de forma tão forte

E segue os mandares da sã emoção.

O todo, então, espera e deseja,

Que não se adiante a sombra da morte

E siga pulsando o seu coração.

(EDUARDO MARQUES 13/11/14)

Eduardo Marques da Silva
Enviado por Eduardo Marques da Silva em 22/08/2016
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