II - O apagar da lembrança
Num doce amor que cai n' alma qual luva
Fertilizando o solo para ti
Entre o teu sim e o não e como a chuva
Molha-me de paixão, o que eu senti
E essa chuva anuncia o breve dilúvio
A nuvem encharcada e torrencial
Que sobrevoa os seus olhos traz o alívio
Por ser a água o portento existencial
Chove-me se me faz a tua poesia
Nesta água o teu encanto inda a pureza
Onde o brilho do olhar garoa a magia
Reflorestando o campo que é o amor
Muito mais que antes é toda a riqueza
No apagar da lembrança enterra a dor