II - O apagar da lembrança

Num doce amor que cai n' alma qual luva

Fertilizando o solo para ti

Entre o teu sim e o não e como a chuva

Molha-me de paixão, o que eu senti

E essa chuva anuncia o breve dilúvio

A nuvem encharcada e torrencial

Que sobrevoa os seus olhos traz o alívio

Por ser a água o portento existencial

Chove-me se me faz a tua poesia

Nesta água o teu encanto inda a pureza

Onde o brilho do olhar garoa a magia

Reflorestando o campo que é o amor

Muito mais que antes é toda a riqueza

No apagar da lembrança enterra a dor

Alexander Herzog
Enviado por Alexander Herzog em 22/08/2016
Reeditado em 22/08/2016
Código do texto: T5736356
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