AS ÁGUAS DO MEU RIO...
Não chiam mais, as águas do meu rio...
Estão mudas e passam solitárias e rasteiras
circundando o parco espaço em desvario
do que restou de abundantes cachoeiras...
Oh, meu rio, que fizeram de ti pra acabar?
Por onde andam suas cantantes águas
que passavam serpenteando na busca do mar
alegres, serelepes, levando minhas mágoas...
Hoje seu fundo é pedregoso com areias
Seus peixes que em tantas mesas foi cear
só existem na memória das sereias
que vem lhe visitar em noites de luar
e se sentam na sua beira pra papear
contando histórias, pescadores do alto mar...