Inóspita Alma
Inóspita Alma
Da gloriosa beleza de outrora
Hoje seca e amargurante
Corre a areia, passa a hora
Morre o riso agonizante
Inóspita alma de agora
Jaz vazia e delirante
Pureza que se foi embora
Resta um mar causticante
E o negro dia atormentador
Mascara as chagas pungentes
Abafa os gritos de dor
As súplicas ditas estridentes
Arrastadas por onde for
Lapso dos eternos dementes
Eduardo Benetti