Soneto lunático
Se a poesia eu herdei foi sem saber
nem posso dizer se ela veio no gene
e não há quem pene mais que eu pra entender,
chego a crer, ser coisa de aliene.
Aborígene serei desta raça de Marte,
da Lua ou outra parte do Universo?
Confesso ser Lunático, destarte,
chegado à arte que não comprei ingresso.
Inda posso honestamente lhes falar
que rimar, metrificar e coisa e tal
é essencial pra, no verso, se avançar.
Pois quando a mão é guiada pelo tino
age no verso qual no badalo do sino
e a melodia em perfeição faz soar.
Josérobertopalácio