Soneto lunático

Se a poesia eu herdei foi sem saber

nem posso dizer se ela veio no gene

e não há quem pene mais que eu pra entender,

chego a crer, ser coisa de aliene.

Aborígene serei desta raça de Marte,

da Lua ou outra parte do Universo?

Confesso ser Lunático, destarte,

chegado à arte que não comprei ingresso.

Inda posso honestamente lhes falar

que rimar, metrificar e coisa e tal

é essencial pra, no verso, se avançar.

Pois quando a mão é guiada pelo tino

age no verso qual no badalo do sino

e a melodia em perfeição faz soar.

Josérobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 20/08/2016
Reeditado em 22/08/2016
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