Soneto de folga.

Descanso a fadiga do repouso

sou preguiçoso, um aposentado

cansado de voar procuro pouso;

Recluso, do soneto estou afastado.

Um bom bocado no prato, bem gostoso,

ouso comer, ele está bem ao meu lado

mas os tarados dos versos querem gozo

e eu me recuso... Deixem pra sábado!

Danados! Não dão folga a este sujeito.

Nem um espeto num sabão eu meto,

e dei ao soneto, também, um interstício.

É sacrifício chegar ao pé da letra.

A caneta já está quase secando

e está de folga a vontade para o vício.

Josérobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 20/08/2016
Reeditado em 20/08/2016
Código do texto: T5734366
Classificação de conteúdo: seguro