Soneto de folga.
Descanso a fadiga do repouso
sou preguiçoso, um aposentado
cansado de voar procuro pouso;
Recluso, do soneto estou afastado.
Um bom bocado no prato, bem gostoso,
ouso comer, ele está bem ao meu lado
mas os tarados dos versos querem gozo
e eu me recuso... Deixem pra sábado!
Danados! Não dão folga a este sujeito.
Nem um espeto num sabão eu meto,
e dei ao soneto, também, um interstício.
É sacrifício chegar ao pé da letra.
A caneta já está quase secando
e está de folga a vontade para o vício.
Josérobertopalácio