Soneto à Lua
Suas madeixas em negro esculpidas no olhar
O quanto da sua pele ainda está na minh’ alma
Ainda faz-se do encontro o tanto que há de amar
No corpo a tua palavra onde a rima arde e acalma
Da lua o brilho de estrela esvai-se dos cabelos
Dos olhos o sublime ocaso e a solidão
De um por do sol que faz dentro de ti um apelo
Da tua aura em esplendor que traz teu coração
Se agora o amor seu sai de ti e o verso inda vibra
Na forma e mesmo tom de uma forte frequência
Que o destino juntou na poesia e o quebrou
Fez-se sobreviver como flor, força e fibra
Nos versos onde a lua beija e ilumina a essência
Do amor que tanto disse enquanto o que me amou