No véu da chuva



Uma real cortina enfeita o dia
No prateado véu que o vento abana.
E flores, folhas brilham de alegria,
Aos pés da estátua azul de porcelana.

Meu ser inteiro vibra na magia
E encanto de cristais que a chuva emana.
Infantes pingos lambem relva fria
E tamborilam sons na veneziana.

E se o trovão ribomba, aumenta o encanto!
Sua voz chama atenção pra natureza
E os homens serem deuses imortais!

Nem do veloz relâmpago me espanto!
A mim, é majestosa sua beleza
E a luz, acorda anseios... ancestrais!



Elischa Dewes
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