Ad Eternum
Verso meu, texto escrito que deixei,
arranhado de grafite num papel.
Diz: “_Meu mestre, sou teu súdito, meu rei.
Faz-me o bem, não me deixe ser cruel.
Se me amas de paixão, meu criador,
faz-me doce, teu amor de criatura,
e farei encantar teu outro amor,
molharei os olhos dela de ternura.
Verso meu, oxalá seja provável
usurpar tão lindo sorriso dela,
ad eternum, no quadro mais adorável,
imprimi-lo nas cores d’uma aquarela.
Mas que fique no rosto dela, palpável,
livre, solto – qual borboleta amarela.