O cemitério da Candelária
À minha apreciadora Gabrielly De Lís
Como a noute dos túmulos monstruosos,
Sinto os meus choros frios e sanguinários...
Eu inda toco o nojo dos sudários
Que hei de assobiar nos medos misteriosos.
Vós, que haveis de chorar nos meus armários
Com os ossos bestiais e dolorosos,
Teus rostos tristemente langorosos...
Chorai, mas sempre sois mui solitários.
Tomo a taça do crânio como um vinho,
Sou puramente morto sem caminho,
Também choras em mim p´lo meu mistério.
Com pele envelhecida do meu sangue,
Dize-mo sem voejar, que o horror te zangue:
"Só quero falecer no cemitério!"
Lucas Munhoz - (15/08/2016)