Soneto ao Beijo III
Beijo, a tua face mostra esse teu fogo
Na boca que recebe essa serpente:
A língua que na minha a tua ante o jogo
Desliza nesse atrito e verso quente
Contorcionismos que há na chama e amor
Neste palco - a sua boca - se debatem
Ao gosto do seu tato ante o calor
Que as tramelas emitem quando embatem
Mote que o corpo vaga incandescente
Migra rumo ao sul nesse deslocar
Deixando os lábios túrgidos ao norte
Molhados de paixão, faz-te hébria a mente
Na espera a suquidora embaixo o amar
No júbilo o desejo que arde forte...