QUANDO SE AMA
Que coisa é esta que me excita tanto
E dói em mim um toque no teu rosto?
Amar é desvendar no próprio pranto
Um doce disfarçado de teu gosto...
Amar é ver ao sol um lírio aceso
Beijando o amanhecer com o pranto à face...
E é do amor apenas o endereço
Do lúdico, a ilusão, e do disfarce.
E o amor não tem nenhuma similia,
O amor não tem relíquias, não tem preço,
O amor não tem piedade só a poesia...
Do amor não existe o fim nem o endereço.
É na tristeza minha ou na alegria:
Que o amor é o meu fim, meu recomeço.