Voos de Ícaro
Risos nossos das cousas à toa...
Mas, rio nascendo necessitado
Descendo a cordilheira apressado
Tudo à vista do corvo na canoa
Às alturas Ícaro sem asas...
Verbo vago além das línguas
Estátuas prenhes indo à míngua
Ora, lírica ópera nas casas!?
Na gota d’água Evas-daninhas
Vossos irmãos jazem afogados
Já aos céus é longo o caminho
Ah, fáculas, falésias e falácias...
O hominis nu em busca do gado
Gado que deveras fugiu do palácio!