CREDO
Ao tolo cabe o afago vil do engano,
Ao reles côdea seca é justa paga,
Ao vão qualquer alívio mais estraga,
Ao verme um pé que o esmague é muito humano.
A quem por certo tenha o errado, dano.
A quem por bem devolva o mal, a chaga.
A quem do justo espera a queda, adaga.
A espada ao crânio alegre e vil do insano.
Aos ratos dose exata de veneno,
Aos cães o fim propício em tempo azado,
Aos porcos gancho após o gume ameno.
Aos ocos eco em reino desolado,
Aos monstros bom forcado, apelo obsceno,
Aos mortos menos mal, menor o enfado.
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Ao tolo cabe o afago vil do engano,
Ao reles côdea seca é justa paga,
Ao vão qualquer alívio mais estraga,
Ao verme um pé que o esmague é muito humano.
A quem por certo tenha o errado, dano.
A quem por bem devolva o mal, a chaga.
A quem do justo espera a queda, adaga.
A espada ao crânio alegre e vil do insano.
Aos ratos dose exata de veneno,
Aos cães o fim propício em tempo azado,
Aos porcos gancho após o gume ameno.
Aos ocos eco em reino desolado,
Aos monstros bom forcado, apelo obsceno,
Aos mortos menos mal, menor o enfado.
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