Migrações
 
Carrego às costas os dias
À noite eles se projetam
Voo nos espaços desperto
Sem o peso que afligiria
 
Nem reconheço meus tetos
Novos abismos sem piso
...Enfim, não racionalizo
Com o que me é predileto
 
Aos primeiros raios, vivo...
Novos crivos, incompleto...
Que a razão diz ser o certo
 
Do surreal me despeço
Sob aços e concretos
E à noite, outra vez, migro