Orfheu utópico...
Ó raízes das paisagens seculares!
Bem no horizonte peixes canibais
Cavalos da musa nas farras finais
Nesse ritmo monótono pelos ares
Inda assim, em vida vem lua pinel
Desajustando todos os pesadelos
À noite taco fogo nos teus cabelos
Ah, jamais toques no meu cinzel...!
Olhai ao longe o vulto das tochas
Máscara-negra, lapsos dos iludidos
Nisso, Orfeu nu lapidando a rocha...
Rocha-nula por fora das muralhas
Doutro lado: Dionisio convalescido
Á mercê do unicórnio sem cangalha