Nó em pingo d'água...

“A poesia não consegue ouvir as fontes, nem os acalantos, nem os pássaros escuros. É mui tarde, tudo é uma inutilidade”

Jorge de Lima – 1893/1953

Ó sentinelas del mundo...!

Visão turva nesses bagaços

Navios com as asas de aço

Soltos no poço sem fundo...

Eis o horizonte longínquo...!

O arco-íris em pleno escuro

Arco-do-triunfo sob o muro

Brasões ao vento, oblíquos!

Também as ilhas longínquas

Parafusadas no meio do mar

Ao luar, tal a lousa oblíqua...

Nem queiras brasas exatas

Preá parida lá na preamar...

Quando o nó d’água desata

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 06/08/2016
Reeditado em 06/08/2016
Código do texto: T5720213
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