O LÁPIS...

 

Nas mãos um lápis tosco á míngua ponta

Que deixa rastros leves de grafite

E corre no papel sem se dar conta

Dos versos que decanta sem limites...

 

O velho lápis preto que meus dedos

Abraçam e faz dançar nas pautas breves

Desliza copiando sonhos ledos

Deixando atrás de si, rimas, tão leves...

 

E vem de muito longe, do infinito,

As vozes destes versos tão bonitos

Que voam pelas vagas da minh’alma...

 

Ah, meu velho lápis desgastado,

É lindo o rastro teu aqui deixado,

Fazendo levitar meu tempo em calma!...

 

Arão Filho

São Luís-MA, 04 de Agosto de 2016.