Coração de matuto

No universo do meu sertão,

campeando o gado cansado

ou voltando do meu roçado

eu cavalgo de olhos no chão.

Meu cavalo parece entender,

Meus cachorros não ficam atrás.

A saudade que o vento me traz,

são lembranças do meu bem-querer.

E essa chuva malvada não vem,

foi-se embora com meu bem-querer.

Desse jeito, não vale um vintém

essa vida, esse amor ausente.

Mas aquilo que o olho não vê

meu matuto coração não sente.

José Freire Pontes
Enviado por José Freire Pontes em 04/08/2016
Código do texto: T5718965
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