IARA
Às favas as tradições
e a tudo que me apego
que não me deixam sentir
os sonhos por inteiro
a doutrina subestima
às vezes a luz cega
e quer corromper meu ego
estúpido e verdadeiro
Acho isso tudo frenético
quando a você me entrego
fera de picadeiro
acostumada com a prisão
estrutura podre
sem parafuso e nem prego
não da estrutura da grade
mas o gosto da ração
Cravos vermelhos-carmin naturalmente sintéticos
que em nosso morto jardim diariamente os rego
arremedo de amores pueris, imaturos e morféticos
Sou firme e forte de cabeça e ligeiramente cético
que tu não te esqueças, não me rendo, não arredo
mesmo que esse amor pareça tão irreal e patético.