Sutilmente profundo
Uma virada de rosto de leve,
Breve passar de dedos nos cabelos,
Apelo sem medo, um pedido atreve,
Talvez uma neve que encrespa os pelos.
Roçar de boca, o hálito sentir,
Um sorrir que por bem pouco se esguelha,
Dar na telha e de embora desistir,
Florir na hora do sussurro à orelha.
Gelar por uma simples olhadela,
Feito aquarela tatuar o cheiro,
Na beira; percebê-la por inteiro.
A miudeza entendida é tão bela,
Que se anela na alma nos seus profundos,
Fecundo é se tocar por esses segundos.
Uberlândia MG
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