Sutilmente profundo

Uma virada de rosto de leve,

Breve passar de dedos nos cabelos,

Apelo sem medo, um pedido atreve,

Talvez uma neve que encrespa os pelos.

Roçar de boca, o hálito sentir,

Um sorrir que por bem pouco se esguelha,

Dar na telha e de embora desistir,

Florir na hora do sussurro à orelha.

Gelar por uma simples olhadela,

Feito aquarela tatuar o cheiro,

Na beira; percebê-la por inteiro.

A miudeza entendida é tão bela,

Que se anela na alma nos seus profundos,

Fecundo é se tocar por esses segundos.

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 03/08/2016
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