UMA CONFISSÃO DE POETA

É manhã entristecida

Para quem compôs demais

Nesta noite acontecida,

Sob ideias magistrais.

O profeta, que labuta

No dia manso que aflora,

Faz esta viagem culta

Pelas penas por que chora.

Ao buscar o vil metal

Que lhe cobra o doce lar,

Ele é menos que um sicrano.

– Tal poesia é tão banal!

– Se a separação durar,

Ser vate será engano!

Salvador, 2006.

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 02/08/2016
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