UMA CERTA VISÃO DA POBREZA

No ar da manhã, frieza

A congelar todo ser,

Recrudescendo a pobreza,

Bruxa vulgar do não–ter.

O mortiço olhar do pobre

Com cara de ser doente,

A foto grava e descobre

Até sob o sol poente.

A concentração de renda

É contingência tão triste...

É o agressor que persiste.

Neste mundo põe–se venda

Por sobre os olhos de um homem

Que sede e fome consomem!

Salvador, 2006.

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 02/08/2016
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